segunda-feira, 7 de março de 2016

É O Natal Uma Festa Originalmente Pagã?

https://caffeinatedthoughts.com/2015/12/how-to-get-more-from-the-christmas-season/

Escrito pelo leitor Acrizio Souza


É O Natal Uma Festa Originalmente Pagã?


Ao contrário da Páscoa, o Natal causa ainda hoje, divisão entre os cristãos. O motivo? Sua origem. Muitos são os que defendem a ideia de o Natal ter sido uma festa pagã que tornou-se cristã no decorrer do tempo. Se isso for verdade, porque se comemorar o natal? Além disso, comemora-se no Natal o nascimento de Jesus, a vinda do Messias à Terra. Porém, Jesus nasceu mesmo no dia 25 de dezembro? Se não, porque comemorar o nascimento de alguém que não sabemos se nasceu nesta data?
Muitos sites e vídeos defendem que o Natal foi mais uma das paganizações do Cristianismo; uma apropriação de outros povos depois de o Cristianismo ter sido oficializado como a religião do império romano. Mas será que eles estão certos quanto as origens dessa festa? Os cristãos não devem celebrar o nascimento de Cristo? Sequer no dia 25 de dezembro?
Para começarmos, o Natal não estava entre as festividades iniciais da Igreja. Isso é preciso deixar claro. Irineu (130 – 202 d.C.) e Tertuliano (160 – 220 d.C.) omitiram ele da lista das festas da igreja.
Um dos motivos para a celebração do nascimento de Jesus não ter feito parte das festas era a suposta ideia de a celebração de nascituros ser algo errado. Orígenes, citado pelos que concordam com isso, por ter vivido no século II d.C, afirmava que nas Escrituras somente pecadores, e não santos, celebraram seus aniversários. [1] Acredito que essa crença de Orígenes mereça atenção especial no texto antes de prosseguirmos.
Embora ele não cite especificamente o nascimento de Cristo, por considerar pagã a celebração de aniversários em geral, os que são contra as celebrações concluem que ele também seria contrário à celebração do nascimento de Cristo.  Não encontrei a fonte original do texto de Orígenes; então, colocarei o texto citado por William Dankenbring (embora outras pessoas também tenham usado o mesmo texto), que mostra seu posicionamento a respeito da celebração de nascituros:

“Em nenhum dos santos pode ser encontrado quem alguma vez realizou uma festa ou um banquete sobre seu aniversário, ou regozijaram-se no dia quando seu filho ou filha nasceu. Mas pecadores se regozijaram e se alegraram em tais dias. Pois encontramos no Velho Testamento que Faraó, rei do Egito, celebrou seu aniversário com uma festa, e que Herodes, no Novo Testamento, fez o mesmo. Mas os santos não somente negligenciaram marcar o dia de seus nascimentos com festividades, senão também, cheios do Espírito Santo, amaldiçoaram esses dias, a exemplo de Jó e Jeremias e Davi.” Homília em Levítico

Mesmo tendo sido um dos “Pais da Igreja”, além de um profícuo escritor e grande teólogo, Orígenes não era infalível; e por isso não podemos considerar todos seus escritos como verdade. Devido a influências platônicas, que em alguns pontos divergem de ensinos cristãos essenciais, defendeu crenças heréticas como a salvação universal e a pré-existência das almas. [3] Por causa desses e de outros ensinos, Orígenes foi declarado anátema pelo imperador bizantino Justiniano (isso serviu para os que acreditassem nas mesmas coisas) no Segundo Concílio de Constantinopla [4]. Portanto, por causa da falibilidade humana e por causa do Segundo Concílio de Constantinopla, usar o pensamento de Orígenes como argumento não é algo válido, visto que não se sustenta por si só.
Voltando para o assunto tema: se  o Natal não fazia parte das festas da Igreja nos dois primeiros séculos, de onde os cristãos tiveram a ideia de comemorar o nascimento de Jesus?
Segundo alguns, isso aconteceu através do imperador Constantino, no começo do quarto século. Outros, dizem ter sido o Bispo Julius I, que exerceu o bispado de 337 até o ano 352 d.C. Constantino após sua suposta conversão ao Cristianismo, teria introduzido a festa natalina como um meio mais fácil de trazer os pagãos para o Cristianismo; unificando e pacificando as pessoas de seu Império, substituindo o feriado romano pagão do Natalis Solis Invicti (o nascimento do Sol Invicto) pelo Natal [6] (Constantino antes era devoto de Mitra; conhecido como o deus Sol). Importante notar que não foi Constantino quem inaugurou essa festa (NSL), antes, ela teve origem com o Imperador Aurelio em 274 d.C. [7]

Já Julius I teria, após uma investigação, fixado a data de 25 de dezembro como data oficial do nascimento de Jesus. O imperador bizantino Justiniano teria sido o responsável por declarar o Natal um feriado nacional.
Voltando a Julius I, com ele, o natal teria substituído outra comemoração pagã: a da Saturnalia (um festival pagão romano em honra ao deus Saturno, que ocorria também no mês de dezembro, mas no solstício de inverno) [8]
Temos então duas festividades como possíveis origens do Natal: a festa do nascimento do deus Sol, e a Saturnália. Vamos entender porque é um erro dizer que elas deram origem à festa que temos hoje:
A festa ao nascimento do deus Sol foi instituída por Aurélio (214 – 275 d.C.), e esta é a mais antiga referência histórica que existe falando sobre um feriado pagão no dia 25 de dezembro. Talvez a proclamação tenha sido na mesma data inaugurando o novo templo do deus Sol em Roma, no Campo de Marte. [9] Alguns dizem que o Imperador se autodenominou o “Pontifix Solis” (Pontífice Sol), pois seu nome deriva da palavra latina “aurora” que significa “nascer do sol” [10], e acomodou um culto ao sol para um culto a ele próprio.
Outros dizem que Aurélio acreditava que o Sol Invictus o tinha ajudado a derrotar os rebeldes do Médio Oriente que ameaçavam a unidade do Império, e por causa disso edificou um templo a divindade para lhe prestarem culto. [11]

Qual o problema com este argumento?  Ele está no fato de a igreja já ter determinado o dia 25 de Março como data da concepção de Jesus anos antes de Aurélio ter decidido criar sua festa. Por exemplo, o historiador Sexto Júlio Africano, por volta de 221 d.C escreveu a Chronograph, na qual afirma que a Anunciação ocorreu em 25 de março. [12] Notem que 25 de março é data da concepção (antes que me critiquem). Estando a data da concepção estabelecida, foi uma simples questão de os cristãos adicionarem 9 meses para se chegar ao suposto dia do nascimento do Salvador, 25 de dezembro (suposto porque há divergência quanto à data correta). Esta data tornou-se oficial no final do quarto século apenas, mas como visto, já estava estabelecida antes de Aurélio (e de Constantino também). Dado que as reformas religiosas feitas por Aurelio parecem ter sido uma tentativa de enfraquecer o Cristianismo, por meio da introdução de elementos vindos do paganismo, e de tornar esse paganismo mais atrativo, pode-se concluir que a instituição da celebração do Sol Invictus foi uma tentativa de tomar um dia especial para os cristãos, dia esse já estabelecido e celebrado no dia 25 de dezembro. Já que há relatos da celebração do nascimento de Cristo antes do estabelecimento da celebração da Solis Invictus (alguns exemplos serão vistos mais a frente), a afirmação de que o Natal foi uma apropriação dos cristãos da festividade ao deus Sol mostra ser falsa.
A outra festividade, a Saturnália, era dedicada ao deus Saturno. Mas diferente da Solis Invictis, não acontecia apenas durante um dia, mas sim durante um período, que era o do solstício de inverno. Nesse período, as pessoas não trabalhavam, ofereciam-se presentes, os amigos se visitavam, e os escravos recebiam permissão temporária para fazer tudo o que lhes agradasse, sendo servidos pelos amos. Ainda havia o costume de se coroar um rei, que fazia o papel de Saturno.
Vale ressaltar ainda que o solstício de inverno era uma data importante para os países que tinham a economia como principal, ou como  um dos principais seguimentos econômicos, e como o império romano se encaixava nesse quesito, eles esperavam pelo solstício para pedir a Saturno (que teria ensinado os segredos da agricultura aos homens no Lácio, região da Itália central) [13] que o inverno fosse brando , e que o sol retornasse ressuscitado no início da primavera. [14]
Mas qual o problema com a alegação de que a Saturnália foi substituída pelo Natal?
Primeiro: a data em que geralmente o sol atinge a maior distância angular em relação ao plano que passa pela linha do Equador é o dia 22 de dezembro (no hemisfério norte). Perceba, dia 22 não é dia 25.
Segundo: como dito acima, a Saturnália não se restringia a um dia, mas a um período, que inicialmente ia de 17 de dezembro até o dia 23 de dezembro. Novamente, não temos nada relacionado ao dia 25. [15]

Ainda assim, como última cartada, argumentam que o Natal substituiu uma outra festividade que seguia a da Saturnália: a Brumália; festividade em honra a Baco, deus do vinho.

Qual a falha em afirmar que a Brumália foi substituída pelo Natal? A falha está em que já existiam recomendações para a celebração do nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro, que não possuíam correlação com a Brumália (assim como a Solis Invictus).

Vamos ver então alguns dados históricos que mostram a comemoração do nascimento de Jesus através dos anos. Antes, ressaltando que para mostrar quando ocorreu a primeira celebração do nascimento de Cristo é algo muito difícil. Porém, algo que podemos ter certeza, é de que essa celebração teve seu início não muito tempo depois de sua morte. Há fontes que remontam ao segundo, terceiro e quarto século de nossa era, que dão indícios de uma celebração anual do nascimento de Cristo.
Embora, como dito antes, nós, humanos sejamos falhos, mostrar que havia pensamentos divergentes entre os primeiros cristãos sobre algumas coisas nos ajuda a concluir que alguns costumes não são errôneos por surgirem com o tempo (nem tudo que é extrabíblico é antibíblico), antes, são errados por irem de encontro a ensinos bíblicos. Vejamos as recomendações e os dados históricos:

1-      O papa Telésforo (exerceu o papado de 126 a 137 d.C.) instituiu a tradição da missa do galo na noite de natal. Embora o Liber Pontificalis não dê a data do natal, ele assume que o papa já estava o comemorando, e mais, que uma missa à meia noite foi adicionada. [16] 
2-      Teófilo, bispo de Cesareia, na Palestina (115 – 181 d.C.), escreveu: “Devemos comemorar o nascimento de Nosso Senhor em qualquer dia da semana em que cair o dia 25 de dezembro”. [17] 
3-      Hipólito de Roma,  em 202 d.C. no seu comentário sobre o livro de Daniel não somente escreveu, como também detalhou que: “A primeira vinda de Nosso Senhor na carne ocorreu quando Ele nasceu em Belém, no dia 25 de dezembro, uma quarta-feira, enquanto que Augusto estava em seu quadragésimo segundo ano, que é de cinco mil e quinhentos anos de Adão. Ele sofreu no trigésimo terceiro ano, 25 de março, sexta-feira, o décimo oitavo ano de Tibério César, enquanto Rufus e Roubellion eram cônsules.” [18] 
4-      O Calendário Filocaliano, um calendário litúrgico das festas cristãs compilado em Roma no ano de 354, lista o natal como uma festa estabelecida da Igreja. [19]
5-      As Constituições Apostólicas, uma antiga coleção de oito tratados cristãos, tendo sido escrita possivelmente entre 375 - 380 d.C., exige que os cristãos celebrem o natal. [20] 
6-      No ano de 302 d.C. em Nicomédia (atual Izmit), onde a perseguição aos Cristãos, sob as ordens do imperador Diocleciano, foi severa, um grande grupo de cristãos foram trancados dentro de sua igreja, e em seguida foram queimados vivos, enquanto celebravam o nascimento de Cristo. [21] 
7-      Na metade do séc. IV, Efraim da Síria escreveu uma série de longos hinos litúrgicos para seres entoados durante a celebração do nascimento de Cristo. [22]

Como visto, não somente temos registros históricos de celebrações do nascimento de Jesus, como até mesmo a data para tal. [23] Portanto, dizer que a comemoração do Natal é algo oriundo do paganismo, é algo falso.
Mas, se o Natal não possui origem pagã, então, de onde e quando surgiu essa crença?
Essa ideia começou a ser propagada no séc. XVII, pelos puritanos ingleses e pelos presbiterianos escoceses; mais precisamente pelo alemão Paul Ernst Jablonski, um egiptólogo protestante que, no afã de
mostrar informações que desacreditassem a ICAR, afirmou que a celebração do natal era uma, dentre várias paganizações do Cristianismo surgidas no quarto século.
Porém, ele ainda contou com a ajuda involuntária do monge católico Dom Jean Hardouin, que contribuiu para que os mitos que temos a respeito das origens do natal surgissem. O monge tentou demonstrar que na verdade, a igreja havia adotado festividades pagãs, e as cristianizou, sem contudo corromper o Evangelho. [24] Tentando responder a alegação do egiptólogo, acabou inventando um mito até hoje propagado.
Sabendo que o natal não teve origens pagã, e em qual momento essa crença errônea surgiu, vamos para outra pergunta: como os cristãos chegaram a data do nascimento de Jesus? Mais especificamente, no dia 25 de dezembro?
Houve duas maneiras:

1- A primeira maneira foi através de uma outra festividade: a páscoa (páscoa aqui é referente á ressurreição de Jesus, ou seja, refere-se à celebração neotestamentária). O interesse inicial dos primeiros cristãos foi estabelecer uma data exata para a celebração dela.
Foram utilizadas fórmulas e ferramentas históricas para se conseguir definir a data, até que no século III, duas datas emergiram como referência: 25 de março, (no Ocidente); e 6 de abril (no Oriente).  
Baseando-se numa antiga tradição judaica, que diz um profeta começa a viver (isto é, na concepção) e morre no mesmo dia, os Cristãos primitivos concluíram que Jesus foi concebido no dia 25 de março, ou no dia 6 de abril (dependendo da data crida quanto à sua morte). Acrescentando nove meses a 25 de março (tempo normal de uma gravidez), chegaram ao dia 25 de dezembro; e fazendo o mesmo cálculo para o dia 6 de abril chegaram a 6 de janeiro. Como resultado disso, os Cristãos vieram a comemorar o nascimento de Jesus nessas duas datas; no Ocidente, em 25 de dezembro, enquanto que no Oriente, no dia 6 de janeiro. 
2-  A segunda maneira foi através das Escrituras. A primeira coisa a se identificar foi a data de nascimento de João Batista. Depois, foi usar tal data como meio de se encontrar a data do nascimento de Cristo.

Zacarias era sacerdote da ordem de Abias (Lc 1.5), que era a oitava dentre as 24 classes sacerdotais (1 Cr 24.10). Cada classe servia por uma semana no Templo, duas vezes ao ano (1 Cr. 29.5). [25]
A classe de Abias serviu durante a oitava e a trigésima segunda semana no ciclo de um ano. Josef Heinrich Friedlieb estabeleceu que a primeira classe sacerdotal (a de Joiaribe) estava servindo durante a destruição de Jerusalém, no nono dia do mês judaico de Av (julho/agosto) [26]. Portanto, Zacarias estava servindo durante a segunda semana de Av.
Então, a classe sacerdotal de Abias (onde pertencia Zacarias) cairia durante a segunda semana do mês Tishrei (setembro/outubro), mais precisamente na semana do Dia da Expiação, no décimo dia desse mês. No nosso calendário, o Dia da Expiação cai entre 22 de setembro e 8 de outubro.
Lucas nos fala que Isabel, sua mulher, concebeu depois de Zacarias ter servido no seu turno. Se a concepção tiver sido no final de setembro, o nascimento de João Batista ocorreu no mês de junho, confirmando a celebração da Natividade de João Batista pela Igreja Católica, no dia 24. [27]
Com as datas da concepção e do nascimento de João Batista, foi possível encontrar enfim a data do nascimento de Jesus. Depois de Maria ter concebido a Cristo, ela foi visitar Isabel, sua prima; que estava grávida de seis meses de João Batista. Portanto, João era seis meses mais velho que Jesus (Lc 1.36).
Partindo do princípio que João Batista nasceu no final de junho (mais precisamente no dia 24), adicionando mais seis meses, chegamos a qual mês? Ao mês de dezembro. E a qual dia? Dia 24.
Existe a diferença de um dia entre a data através desse método de cálculo pelas Escrituras e a data em que comemoramos o natal hoje; mas, a diferença é de, como visto, de um dia! Não era necessário os cristãos terem se apropriado de festividades pagãs para celebrar o nascimento de Cristo.
Seja com base em festividades judaico-cristãs, seja pelas Escrituras, encontrar a data do nascimento de Jesus, e celebrar tal acontecimento que mudou a história da humanidade era algo possível de ser feito sem paganizações. E como vimos, é o que de fato foi feito pelos cristãos.

Portanto, você que é um cristão, nascido de novo, filho de Deus, celebre o Natal; celebre o nascimento de Jesus, pois não há nada de pagão em tal festa; e por causa desse nascimento, hoje podemos ser chamados de filhos de Deus, e ter a certeza de que viveremos com ele pela eternidade.

Bibliografia 


[1] (in Lev. Hom. viii in Migne, P.G., XII, 495); ver também: http://www.newadvent.org/cathen/03724b.htm





[6] http://atabernadovelho.blogspot.com.br/2014/12/sol-invicto-deus-sol.htm

[7] http://www.veritatis.com.br/apologetica/biblia-tradicao-magisterio/7982-a-data-do-natal









[16] Magdeburgenses, cento. 2. c. 6. Hospinian, De origine FestorumChirstianorum. Em http://dec25th.info/Objections%20Answered.html

[17] Não encontrei a referência exata da citação, apenas a vi repetidas vezes em alguns sites:
http://dec25th.info/Objections%20Answered.html
https://en.wikipedia.org/wiki/Coptic_calendar 





[23] Ainda há o escrito de Clemente de Alexandria,  que por volta de 200 d.C., disse que certos teólogos egípcios especificaram não somente o ano, mas também o dia do nascimento de Cristo, colocando no dia 25 de Pachon (20 de Maio), no vigésimo oitavo ano de Augusto (Caio Júlio César Otaviano), talvez acreditando que este nono mês, no qual Cristo nasceu, era o nono mês do calendário egípcio. http://www.ccel.org/ccel/schaff/anf02.vi.iv.i.xxi.html


[25] A semana de serviço começava e terminava e no sábado 9 2 Cr 23.8). Vale lembrar que o calendário judaico tem apenas 51 semanas em um ano. Portanto, cada uma das 24 classes de sacerdotes servia duas vezes por ano; o que dava um total de 48 semanas de serviço. A estas 48 semanas eram acrescidas mais três, onde o serviço no Templo era feito por todas as ordens conjuntamente, por causa da grande afluência à Jerusalém; afluência que ocorria graças à três festas: Festa da Páscoa; Festa de Pentecostes e Festa dos Tabernáculos. http://www.lesiecleavenir.org/port/Port12.htm

[26] Essa hipótese foi considerada não confiável por Kellner. Por não ter encontrado sua obra, mantive a hipótese revivida por Friedlieb para mostrar como é possível de, pelo menos, através das Escrituras, encontrar a data do nascimento de Cristo no mês de dezembro. http://www.newadvent.org/cathen/03724b.htm

[27] O Proto-Evangelho de Tiago (ou Livro de Tiago) confirma a concepção de João Batista no final de setembro. Por ser um Evangelho apócrifo e por não termos certeza dessa afirmação, não o utilizei como argumento para mostrar a data da concepção de João.  Esse livro foi escrito provavelmente em 150 d.C.

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