O Deus que não
merecemos
Um Deus que ainda não existe. O Deus que imaginei castiga
qualquer um que colocar os pés nesta Terra. Terra suja de sangue. E de quem é o
sangue? “Dos homens que meu Deus torturar e os assistir implorando, com a voz
trêmula, por misericórdia com os olhos anunciando o terror presente”. Para
castigar, somente um Deus mau. Um Deus que poupa somente os inocentes.
Inocentes? Como se esta ideia fosse real. Se houvessem inocentes, Ele até pouparia,
mas não há inocentes. Todos merecem uma punição mais grave que a morte.
Este Grande juiz ainda não nasceu, mas bem que merecíamos
sermos julgados por Ele. Merecemos um Deus que ama a destruição e o sofrimento
do homem. A morte, para nós, seria a punição mais branda. Todos são culpados.
Mas e o Deus que existe? Bem, Ele é um Deus de amor. Um Deus de infinita
bondade e misericórdia dos homens. Não merecemos Deus, merecemos o Diabo. Não
merecemos a salvação prometida por este Deus, mas quem disse que Ele se importa
com o merecimento? Ele te dá mesmo assim.
Olhe a sua volta.
Estrelas, montes, animais, talvez vales, ou um mar, até mesmo um deserto. O
Deus que existe não fez tudo isto pensando em como é prazeroso criar mundos,
foi pensando em você. Não merecíamos a vida, mas a possuímos sem merecer. O
Deus que inventei faria você implorar para viver no Inferno, já o [Deus] que
existe, promete te levar para o Céu. Já que não merecemos a vida até mesmo
viver no Inferno já é um favor, te colocar lá é uma prova da bondade Divina.
Não somos nem mesmo dignos de termos nascido, até mesmo uma vida miserável nos
é um grande favor.
Caio Peclat da Silva
Paula
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