sábado, 25 de junho de 2016

Pode o ateísta defender o aborto sem implicar em absurdos imorais?



Existem diversas discussões na internet sobre temas como LGBT, feminismo e aborto. Mas este ultimo é o que mais me intriga quando defendido por ateus. Isso porque, creio eu, um ateu não pode defender o aborto de forma consistente. Isso pode ser visto quando o ateu se dispõe a dizer que o feto não é um ser humano ou um ser vivo, mas sim um amontoado de células.

Agora, pense sobre isso comigo: Se o fato do feto ser um monte de células justifica o aborto, então o assassinato de qualquer ser vivo, da perspectiva ateísta, esta justificado. Isso porque na visão ateísta, todo ser vivo é, na verdade, um monte de rearranjo de partículas. Agora, pode ser respondido que os seres vivos interagem e tem sentimentos. Porem, no fim, isso não passa de um mero enfeite descartável. O ser humano ainda assim será um amontoado de partículas, e não é sentimento que mudará isso. Um assassino poderia usar a mesma justificativa do abortista. No fim, se o naturalismo for verdade, não existe absolutamente nada que da valor moral à vida. Não há nada que de um valor ultimo ao ser humano. Somos apenas isso: abortos da natureza. Meros frutos do acaso, sem valor, em um universo em expansão. Não há nada errado no assassinato se não houver nada errado no aborto. Em ambos os casos, é a morte de um monte de partículas inúteis. O assassino não faz nada errado se o abortista também não estiver fazendo nada errado.

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