segunda-feira, 27 de julho de 2015

Os Pilares da Ciência #5 - Integridade Ética


Cientistas devem ter integridade

Porque a ciência envolve um principio ético, o amor da verdade, sua pratica não pode estar separado dos princípios da moralidade. Uma hipótese pode apenas ser colocada em um teste justo por uma pessoa que prefere saber a verdade mesmo se ela mostrar que sua posição anterior estava errada (um corolário é quando a ciência se torna não confiável por causa da pressão politica para se chegar a conclusões especificas, como a biologia Lysenkoist de Stalin ou a Deutschephysik da Alemanha Nazista)
Essa virtude as vezes é chamada de “objetividade”, mas essa palavra sugere um tipo de neutralidade desapaixonada que na verdade não é característica da maioria dos cientistas de verdade – na verdade, nós tendemos a ficar animados com o trabalho, ou nós não estaríamos fazendo isso. Um termo melhor para essa virtude é humildade: quando estamos fazendo pesquisas, o cientista deve tomar a postura para o universo de alguém que esta aprendendo, ao invés da postura de um professor. Infelizmente, alguns cientistas eficazes estão vaidosos e arrogantes com seus pares, mas quando cientistas tomam a mesma atitude em relação a Natureza, eles continuam defendendo ideias muito tempo depois delas se tornarem desacreditadas, e tornam-se inúteis para a Ciência.
É extremamente comum para cientistas sérios receberem correspondência de pessoas leigas que creem estar revolucionando grandes áreas da ciência, apesar de terem ideias imprecisas, que não podem ser testadas e na maioria das vezes são sem sentido. Essa desconexão psicótica com a realidade é praticamente sempre acompanhada de egoísmo severo, mostrando por contraste a maneira como a humildade caracteriza a verdadeira ciência.
É claro que, humildade não envolve crer que todo o conhecimento é incerto e hesitante, já que isso na verdade iria inibir a descoberta da verdade! (Nos tempos modernos, revoluções na Ciência normalmente não invalidam totalmente nosso conhecimento anterior; na verdade as teorias anteriores sobrevivem como aproximações.) A atitude correta daquele que quer aprender é: “Examinai tudo. Retende o bem.” (1 Tessalonicenses 5:21).
Uma segunda virtude da ciência é a honestidade. Cientistas devem abster-se de falsificar resultados ou enganar outros cientistas. Honestidade requer considerar os fatores pesando contra uma conclusão assim como fatores pesando a favor. Eles devem também tomar precauções contra preconceitos, não no sentido de não ser preconceituoso (nenhum de nós é), mas prevenindo o preconceito de contaminar seus resultados. Então há necessidade de experimentalistas em fazer analise correta de erros, usar grupos de controle, testes cegos duplos, etc. Experimentos que mostrarem a ausência de um efeito deveriam ser publicados assim como experimentos que mostram a presença de um efeito, mesmo se tal resultado for menos provável de resultar em fama e respeito.

Eu ia incluir algum trecho do famoso discurso de Faynman sobre “Cargo Cult Science”. Mas muito dele seria necessário ao que estou dizendo! Você deveria ir e apenas ler tudo.

Traduzido de: Aron Wall, Undivided Looking "Pillars of Science V: Ethical Integrity"

Um comentário:

  1. O texto me fez pensar agora sobre Nietzsche, em como ele provou que se Deus está morto, o amor, compaixão, ética, moral e vários outros atributos humanos notáveis estão também mortos.

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